no escuro é que se vê
no escuro é fácil de ouvir
os próprios pensamentos
um escuro distinto
a camisa de sempre
pairando amarrada
no varal de minha fronte
agora limpa e macia
e suas cores vindo
que já podem me tocar
porém, de repente corro
e tomo remédios pra dor
continuo com azia
essa azia cáustica
que envolve minha alma
sou minha própria agonia
e grito por dentro
com medo de acordar os vizinhos
num entusiasmo
de flecha quebrada
meu canivete perdeu o fio
e já não é capaz de cortar
no meu coração gangrenado
os laços que me prendem
em teus braços furtivos
que voam na órbita
de um planeta extinto
2 Acenderam os faróis :
Boa pegada, man.
Abs
Valeu pela visita, grande Tarcísio.
Forte abraço!
Postar um comentário