(...) e os canteiros molhados de orvalho nas madrugadas acordadas de sexo torpe, de suas drogas escondidas, dos bêbados caídos e de mim que corro pra casa a me esconder de qualquer solidão atemporal.
Só ouço o rugido calmo do tilintar tolo e estridente de minha cabeça e das árvores dançando sobre a escuridão do quintal com seus monstros que eu não vejo, mas aterrorizam – me sempre que o sol se vai.
E quais dentes rangem? Não, não os meus! Agora já é noite.
Agora eu sinto sono. Há 3 dias atrás isso era puro luxo, ou tentativas frustradas e momentâneas de espantar qualquer decepção e as insuficiências que convivem com meu cotidiano rubro de olhar dentro sol e sentir a retina queimar mais inerte na dor continuando a esperar pela nuvem que trará sombra a meu rosto, meio dia após o almoço nas carnes amassadas que se assentam à mesa enquanto suas bocas cheias conversam e eu só olho para baixo, pois sou mínimo ante os pecados da gula da alma (...)
2 Acenderam os faróis :
Dorme, broto, dorme pra ter bons sonhos e matar a fome da alma!
O sono é argumento dos cansados. Tão louco e tão verdadeiro isso, broto.
Postar um comentário