27 de mar. de 2010

Um instante veloz


Eu já cansei de me pegar cansado
Sem o entusiasmo que me tornava tão igual
Sem abrir os olhos e com os olhos fora de forma

Assustado.

Olhando pelo vidro a lua me acompanha
Meu pai não ouve meus gritos
Um escândalo comedido
Um gemido discreto!
Nas noites altas de suor frio
Nenhuma certeza inutilmente incerta


Sentada perante minha indecência distante
Não cante por mim. Eu não ouço amores.
Eu não engulo o que não acredito.
Não tenho vozes nem sons
Sonho sempre em silêncio
Do silêncio fiz minha maior voz



Queria ser desconfiável

Um desejo sem credo, lamento dos poentes
Verdade dos que amam

A névoa que isola os afoitos.

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