27 de mar. de 2010

Em voz alta

Faz tempo que o tempo nada faz
Só resta uma faca encoberta de frases iguais
Mas de tudo restaram duas esperanças

Agora que você já pode pensar
Qualquer dia pode ser um belo dia pra morrer.

Só não me pergunte como esconder esse barulho
Essa dúvida.
Minhas juras findaram.
Um último grito ainda me resta
Que se façam ouvidos, ante meu devaneio teatral

“Ninguém nunca me chamou de idiota...
Por viver amores tenros!
Por ser o que foi dispensado, rejeitado e abandonado.

Paixões são horas, documentos sem assinatura...

Se não tenho classe, morrerei sujo e sem letras.

Por favor, antes que a luz se vá, aqueça meus pés
Tenho medo do frio.”

2 Acenderam os faróis :

Luciano Fraga disse...

Caro amigo,grande poema,o frio maior é aquele que vem de dentro do coração dos homens, abraço.

Gizele Souza disse...

Nossa,achei que estivesse lendo um texto Machadiano,de tão perfeito uso das palvras! Parabéns,Incrível mesmo! Me deu até inveja Literária de ti agora,queria ter escrito isso! Incrível =)