8 de dez. de 2009

Consentimento


Eu sei que os dias passam... 

E o silêncio que a boca consente.

Eu olhei o paraíso na noite passada

Eu sonho com você a cada noite.

Eu acho cada parte de você

Eu estou em cada parte de você!

Me perco nas vontades que não esqueço

Ti como, escondo e me engasgo

Nas gavetas, quadros e armários

Para sentir me privo do sol

Entre lamúrias e raivas

Entre pedras, varas... maçãs

Certifico - me de segurar sua mão

De escrever na areia pro mar apagar

Me envergonho na rua

Sentado em companhia estática

Perco tempo, saúde e escolhas

Talvez lembrar da volúpia introvertida

Os medos do toque, o calor do suspiro

A canção que nos escolheu

Será que corre o bastante?

I haven't a dream, my dream isn't over!

Sei que não foi o bastante

Um viagem para dentro apenas

Voltas e voltas num mesmo lugar

Traficando emoções

Com medo de que saibam

Com razão para não ter razão

Do complexo, displexo, inexo... perplexo

A culpa presa nos ossos

A certeza das repetições repetitivas

O travesseiro amassado... e uma ligação

Ou qual teria sido primeiro?

Assim como duvidas de meus sonhos

De cada instante antes do sono implacável...

...que faz o mais víl dos homens se curvar

De pensar em você antes do amanhecer chegar

De lenta a noite passa rápido

Quando se vai eu continuo esperando...

...pelo seu retorno, suas privações a mim

Se minha boca consente, minha voz se cala

E sim... os dias passam como areia...

...escorrendo - se entre meus dedos

Amanhã posso ser teu...

...ou posso ficar ainda mais comigo mesmo!


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