Eu vi um rastro alaranjado entre as nuvens
Abobalhei – me e não soube o que dizer
Só tesouras voavam naquele céu
Nos estouros que a cada hora me tiravam o sossego
Fingia que o dia me compreendia
E amargurado, xingava os reis
A busca cinza por instantes de compreensão
Ante tua face amolecada
Reverenciei o que não posso tocar
Fiz apostas perdidas
Briguei com o sonho dessa noite
As nuvens!
Sim! As nuvens!
Ando com medo de sentir dor
Com medo do que o medo queira me tornar
Um medroso!
O descaso!
O medo!
Meus braços não alcançam
Mas se pudesse eu diria
Que em cada manhã, acordo – te.
Te tomo nos braços
Abraçado em solidão
Embaraçado no despertador
Que canta as mazelas das noites curtas
Salve Mariê
E seus infinitos prognósticos
Seu coração passivo
E os “nãos” que me presentearás!
Salve Mariê
Que amola uma faca
E me corta em pedaços
Assim dentro de você!
2 Acenderam os faróis :
Douglas, apenas posso agradecer.
Ficou muito legal o trabalho e o público recebeu com carinho e atençao.
Caro Mister,entre "nãos" e coração passivo,vamos sem fé cega e com facas amoladas pra dentro de quem nos quer...Abraço.
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