15 de jul. de 2010

Purifica - me


Meu coração arbitrário
Involuntário
Tende sempre à teimosia

Aquela luz de suas palavras confusas
Um sorriso.
Um rosto que me engana
Me mutila a honestidade

De negar – me o seu pedido
De querer – te pelas unhas
Rasgar – te em minha condenação
Pelo volume mutante que não controlo.

Quando o sangue queima
E você vai embora...
bate a porta e eu não sou mais
À noite, antes do sono
Quando o frio não respeita credo, pedidos ou vontades...
Para me separar de sua carne macia

A delação apresentada por qualquer tempo
Para purgar a pura pabulagem pútrida!

Não sei se devo arrepender – me
O amor pode ser relapso ou traiçoeiro
Se posso, amar – te – ei.
Amanhã a ela terei desculpas prontas.

Mas...

E quanto a isso?
Meus dias que não demoram.
Relegarei por todo o sempre
Um amor ou outro
As marcas que deixei em você...
...e em mim!

Minha espera se contenta
Tenho seus risos guardados nos sóis!

6 Acenderam os faróis :

Altos e baixos de uma pessoa (a)normal disse...

Ah o amor...

Qual o sentido da vida se não morrermos por ele?

=*

Bárbara Cabral disse...

arrependimento é para os que não são poetas.

Ana Luiza disse...

Aii, que coisa linda! Eu entendi dessa vez (eu acho) e achei muito bom, mesmo! ;**

Douglas Vieira disse...

Meninas meninas!

Qual seria mesmo o sentido do arrependimento bem entendido?


Abraço forte!

Renata de Aragão Lopes disse...

"Minha espera se contenta":
plácida forma de amar.

Um abraço,
Doce de Lira

Luciano Fraga disse...

Caro mister,"quando o cigarro irritar a garganta e a bebida os lábios queimar,quando a rua, a sala e a porta não mais falem de ir ou chegar, quando não houver poesia na triste canção de uma mesa de bar..." Até quando esperar? Abraço.