9 de mai. de 2009

De hoje.

Pronto!
Diga-me meu amor, como eu posso mudar nossas intenções?
Será preciso o semblante novamente?
Vá corra! Desligue a televisão. Não seria eu capaz de decifrar palavras ditas numa outra realidade.

Agora, antes de se sentir fraco, eu interroguei quadros, percebi a sujeira e a feiura das paredes, os termos mais abobalhados, as paisagens amareladas.

Porque nada consegue ser novo de novo. Ver milhares de vezes a mesma sensação, estar sentado na porta, na oncicofagia de cada espera demorada e de cada paladar insípido.

Além de traço de pedras e riscos que poderão se apagar com a mais fina brisa, outorgamos motivos, penamos pelos dias incertos.

Ah! Deveria ter acontecido muita coisa, eu só vejo o quatro ventos oscilando,
mistificando vontades, minha imaginação enterra no barulho constante e me guia para distração perturbadora e cada zumbido ao pé do ouvido.

Autêntico e diferente. Deitado, os pés se inquietam, nem faz frio, mas percepção de que essa noite será custosa, o gosto não será sentido, o calor não será sentido, perdi letras, palavras, abri janelas e todos me buscando, mas eu não podia ser levado, nossas intenções eram distintas. Quando eu quis amor, o amor me foi negado.

Nunca reclamei seu sabor, ainda que este me incomodasse, sinto que isso é recíproco.

Sobre o que restou, nada me custa pensar que ainda vou conseguir.

Nem os sonhos nem as perdas, ficou estancado o sentir!

0 Acenderam os faróis :